BAUMAN, ARENDT, FOUCAULT E AGAMBEN
O “TOTALITARISMO” DO MERCADO, AS ZONAS DE EXCEÇÃO E OS EXCLUÍDOS
Palavras-chave:
Sociedade de consumidores, totalitarismo, Mercado, subclasse, animal laborans, homo sacer, vida nua, homo eligens, bio-política, tanato-políticaResumo
Bauman, H. Arendt e Foucault identificaram fatores e processos tecnológicos e sociais que, embora integrem aperfeiçoamentos civilizatórios, concomitantemente nos reenviam a condições primitivas, bárbaras, pré-políticas, das relações humanas. Com Agamben, encontramos uma figura do direito romano arcaico, o homo sacer, identificável na sociedade pós-moderna. “Insacrificável”, mas perfeitamente “matável”, o homo sacer era inútil e supérfluo ao bom funcionamento da sociedade arcaica e se enquadra na “subclasse” de indivíduos de periculosidade imanente, definida em Bauman. Na pós-modernidade, a “vida nua” de seres humanos reduzidos a refugos sociais não interessa ao mercado da sociedade de consumidores. Expulsos dos limites de todas as classes são considerados desprezíveis, sem papel social, parasitas que corroem, infestam, solapam e minam a ordem da boa sociedade. Cada vez mais descartáveis, vis a vis ao poder do mercado que quantifica vidas como objetos que interessam ou não, estão as vítimas da ação da “tanato-política” que tem ascendido ao lugar da antiga “bio-política”.
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